Yves
Henri Donat Mathieu-Saint Laurent, conhecido mundialmente por três
letra, YSL, tornou-se sinônimo de moda e alta costura. O mestre da moda
nasceu no dia 1º de agosto de 1936 em Ora, cidadezinha litorânea
localizada na Argélia e aos dezessete anos, enquanto estudava em Paris
na tradicional École de la Chambre Syndicate de la Haute Couture
(algo como “Escola da Câmara Sindical de Alta Costura”), entrou, em
1954, num concurso patrocinado pelo International Wool Secretariat e
ganhou o primeiro prêmio com um vestido para coquetel. Pouco tempo
depois, foi contratado pela tradicional marca DIOR como assistente de
modelagem.
As coleções desse estilista precoce criaram considerável controvérsia: não eram o que as pessoas e os clientes esperavam das coleções de Dior: o célebre TRAPÉZIO de 1958 era uma roupa considerada de “menina-moça”, um vestido de ombros estreitos com um corpete semi-ajustado e saia curta, evasê, que se tornou febre mundial e rendeu a seu criador o prêmio Neiman Marcus daquele ano, concedido às maiores contribuições ao mundo da moda pela renomada cadeia de lojas norte-americana; a recriação, em 1959, de uma versão mais curta da Saia entravada; e as jaquetas de couro preto, suéteres de gola rolê e bainhas adornadas com pele de 1960. Para entender o impacto das suas criações já na época, basta observar a manchete de um dos principais jornais de Paris, que estampou na capa “Yves Saint Laurent salvou a França”, em referência à criação do vestido trapézio.
O público via a roupa moderna que se usava nas ruas ser reinventada nas mãos de um costureiro. Mas foi então, que Yves Saint-Laurent foi convocado para servir na Guerra de Independência da Argélia em setembro de 1960. Vários meses depois, tendo recebido baixa por motivo de saúde, foi ferido em combate, voltou para Paris e descobriu que Marc Bohan assumira o posto de estilista-chefe na maison Dior.
O mestre então, com o sócio Pierre Bergé, abriu sua própria maison em 1962. Era o começo de uma marca gloriosa. Sua primeira coleção, lançada em memorável desfile no 29 de janeiro desse mesmo ano, apresentou uma bem-sucedida japona de lã azul-marinho com botões dourados; e batas de trabalhador feitas de jérsei, seda e cetim.
Desenhou o figurino para Claudia Cardinale no filme “A Pantera Cor de Rosa”, de Blake Edwards.
Ano
após ano, deu mais contribuições à moda: em 1963, suas botas que iam
até as coxas foram amplamente copiadas;Em 1964, Lançamento de seu primeiro perfume chamado Y.
Em 1965, fundiu arte à moda em seus vestidos Mondrian, em jérsei branco de silhueta reta ornado de linhas verticais e horizontais pretas e espaços com as cores primárias homenageando o mestre cubista holandês;
Em 1966 lançou o smoking feminino, uma de suas inovações de maior sucesso, composto por blusa transparente e calça masculina e que representava uma provocação sexual e social, já que, na época, alguns lugares proibiam a presença de mulheres vestindo calças;
Também em 1966, foi o primeiro a popularizar o Prêt-à-porter, a moda de bom gosto e bom corte, a preços mais acessíves que a alta-costura, em sua boutique Rive Gauche, em Paris.
Em 1967, os Knickers de veludo foram um lançamento importante de suas coleções; no ano seguinte, apresentou blusas transparentes e a clássica Saharienne, a jaqueta tipo safári;
Inauguração em 1969 da sua primeira boutique de moda masculina chamada Rive Gauche Homme.
Em 1969, o terninho; e, em 1971, o blazer. Durante a década de 70, continuou a reinar em Paris.
Em 1971,pousou nu, num clique de Jeanloup Sieff, para o lançamento do perfume YSL Pour Homme.
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Em
1976, uma das coleções mais memoráveis da época, apelidada de Russa ou
Cossaca, apresentou roupas camponesas exóticas. As saias compridas e
rodadas, os corpetes e as botas exerceram forte influência, enquanto o
desfile transformou lenços e xales em peças de moda permanentes.
Lançamento do perfume Opium (maior sucesso em fragrâncias da grife),em 1977
Na década de 80, homenageou em suas coleções, dentre outros, Marcel Proust e Catherine Deneuve (sua amiga, cliente e espécie de embaixatriz da casa YSL). A sigla foi rapidamente compreendida como sinônimo de elegância e passou a aparecer nas etiquetas de inúmeros produtos licenciados como perfumes, bolsas e chapéus e óculos.
Em 1983, ele se tornou o primeiro designer de moda vivo a ser honrado com uma exposição de seu trabalho no Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque.
Em 1999, vendeu sua grife para o PPR Group (Pinault-Printemps-Redoute), o terceiro maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, que também detém a italiana Gucci, continuou a frente da YSL
Lançamento do perfume Opium (maior sucesso em fragrâncias da grife),em 1977
Na década de 80, homenageou em suas coleções, dentre outros, Marcel Proust e Catherine Deneuve (sua amiga, cliente e espécie de embaixatriz da casa YSL). A sigla foi rapidamente compreendida como sinônimo de elegância e passou a aparecer nas etiquetas de inúmeros produtos licenciados como perfumes, bolsas e chapéus e óculos.
Em 1983, ele se tornou o primeiro designer de moda vivo a ser honrado com uma exposição de seu trabalho no Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque.
Em 1999, vendeu sua grife para o PPR Group (Pinault-Printemps-Redoute), o terceiro maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, que também detém a italiana Gucci, continuou a frente da YSL
Somente deixou o mundo da moda em janeiro de 2002, depois de 70 coleções de alta costura e 200 desfiles no currículo, apresentando no Centro Georges Pompidou um desfile retrospectivo de seus 40 anos de criação, com suas iniciais, YSL, sendo conhecidas como sinônimo de alta-costura. Ao final do desfile, enquanto sua musa Catherine Deneuve cantava “Ma plus belle histoire d’amour”, o estilista se despedia em meio a aplausos e lágrimas. Um dos símbolos máximos da sofisticação e do bom gosto em moda por quase quatro décadas, amigo de algumas das mais ricas e famosas mulheres do mundo, todas suas clientes como Diane von Furstenberg, Loulou de La Falaise e Catherine Deneuve, o estilista, transformou a YSL num ícone da moda, que apresentou mais de setenta coleções de alta-costura e lançou uma infinidade de produtos que levam sua marca e são vendidos em toda parte do mundo. Yves Saint-Laurent morreu em Paris aos 71 anos, diagnosticado com câncer cerebral, às 23h10min de 1 de junho de 2008.
O estilista francês Yves Saint Laurent com a modelo Laetitia Casta (esq.) e a atriz Catherine Deneuve (dir.) é aplaudido em galeria de arte de Paris, no seu último desfile (22/02/2002)
"A roupa mais bonita para vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama. Para as que não tiveram essa felicidade, eu estou aqui."
Yves Saint Laurent, falando sobre o seu trabalho
Yves Saint Laurent, falando sobre o seu trabalho
O museu da moda
Em 1986, Saint-Laurent foi o primeiro estilista no mundo a exibir seus trabalhos em um museu - o Louvre, em Paris. Esse era apenas o presságio do que estaria por vir: em 2002, a despedida do gênio também marcou a inauguração do único museu no mundo dedicado ao trabalho de um único estilista, a Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent. Distante meia hora do centro da capital francesa, conta com um acervo de 5 mil peças de vestuário, 2 mil pares de sapatos, mais de 10 mil exemplares de jóias e centenas de chapéus, reunidos desde os tempos do estilista na maison Dior.
"Há muito de Saint Laurent em todos os lugares. As influências mais importantes são as que se veem, talvez, menos", disse Pierre Bergé, 81 anos, que o ajudou a dirigir durante 40 anos a grife YSL e se ocupa, hoje, da fundação criada em homenagem ao grande estilista e seu companheiro.
A marca no mundo
A marca YVES SAINT-LAURENT possui atualmente mais de 60 lojas localizadas nos maiores centros da moda, além de ter seus produtos vendidos em sofisticadas lojas de departamentos e boutiques multimarcas. A divisão de beleza da grife francesa, conhecida como YSL Beauté, foi vendida recentemente para a gigante L’Óreal por US$ 1.68 bilhões.
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Cosméticos avançadosOs comésticos da marca são desenvolvidos no laboratório da Yves Saint Laurent, conhecido como Gisca (Grupo de interesse Científico em Cosmética Avançada), que exibe uma cartela de soldados pesquisadores formada por especialistas em pele humana, imunologia, biologia do tecido adiposo, dermo-farmacologia, biologia cutânea, pigmentação cutânea e por aí vai.
- - -O ícone
Yves Saint-Laurent não foi somente um estilista, mas uma figura emblemática do mundo da moda. Transgrediu com classe; revolucionou sem perder referências; mudou a moda ao permanecer fiel à sua própria essência; transformou mantendo-se fiel ao seu próprio estilo, ou seja, deixou um legado de autenticidade e criatividade digno de perpetuação de sua memória. Vestiu atrizes, primeiras-damas, cabeças coroadas européias, africanas e asiáticas; criou jóias, sapatos, acessórios como chapéus, bolsas e outros tão significativos que hoje são procurados com lupa em brechós do mundo inteiro. Difundiu a transparência e também a minissaia, criou vestidos de noiva, colocou modelo negra nas passarelas, entre tantas outras propostas inovadoras.--
“a elegância nas criações se deve à sobriedade e à pureza da construção”.
Yves Saint Laurent
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