Quilting é um método de costura feito para unir duas ou mais camadas de materiais, juntando-as para fazer um material mais grosso, o acolchoado. Quilter é o nome dado a alguém que trabalha em quilting. O quilting pode ser feito à mão, por máquina de costura, ou por um maquina especifica para estes tipo de trabalho a LongArm quilting.
O acolchoado típico é feito com três camadas: a tela superior ou quilt
top, camada intermediaria o material isolante e a terceira camada o
material de apoio. O quilting a mão ou a máquina de costura consiste em
passar a agulha e linha por todas as camadas e, em seguida, trazer a
agulha de volta. O quilting pode ser executado em linha reta ou com pontos de
execução que são comumente usados. Estes pontos podem ser puramente
funcionais ou elaborados de forma decorativa.
História
A palavra “colcha” é derivada do latim culcita, significando um
acolchoado amarrado originando assim o quilting técnica de produziu com
tecido acolchoados mais grosso para proteção. A primeira evidência de
quilting é encontrada na Ásia, algum tempo antes do primeiro século dC.
Um tapete, roupa acolchoada, datando dessa época foi encontrado em uma
tumba caverna da Sibéria. Os temas centrais (principalmente animais, com
espirais sobre as bordas) eram trabalhados no pesponto, enquanto o
fundo era de uma malha grossa.
Tipos de acochoado medieval "Gambeson"
Antigas esculturas Egípcias mostram detalhes que nos remete a vestimentas acolchoada, possivelmente para se aquecerem nas noites frias do deserto. Quilting também fez historia na tradição do bordado na Europa por volta do século V dC. Podendo ser observada a utilização de materiais de algodão egípcio, o que indicar que o comércio com o Egito e o Mediterrâneo foi um canal para o desenvolvimento da técnica.
Objetos acolchoados eram relativamente raros na Europa até aproximadamente o século XII, quando camas e outros itens passaram a fazer parte do mobiliário, depois do regresso das Cruzadas do Oriente Médio. O acolchoado medieval gambeson, aketon e armar gibão foram usados principalmente como armadura ou ainda combinado com armadura de maille, ou sobre vestidos em forma de casacos. Esses mais tarde evoluíram para o acolchoado gibão usado por parte dos europeus do sexo masculino como roupas da moda do século XIV ao XVII. O vestuário feito com quilting começou a ser usado no século XIV, com doublés acolchoada e armaduras usadas na França, Alemanha, Inglaterra e túnicas na Itália.
Perse Broderie
Na America nos tempos coloniais, a maioria das mulheres da classe operaria se mantinha ocupada na fiação, tecelagem e confecção de vestuário. Enquanto isso, as mulheres das classes mais ricas se orgulhavam de suas colchas wholecloth. Edredons feitos durante o século XIX não eram construídas com blocos de remendado, mas com metragens especificas de panos que eram bordados “Perse Broderie” (bordado persa) um estilo de bordado feito com apliques que usa elementos impressos para criar uma cena sobre um tecido de fundo assim foram feitas colchas e edredons.
Durante os pioneiros dias americanos, colchas de "papel" se tornaram populares. O papel era usado como um padrão e cada peça de tecido cortado era alinhavado em torno do padrão de papel. O papel era um bem escasso no adiantado oeste americano, e as mulheres poupavam cartas, recortes de jornais e catálogos para usar como padrões. O papel não só serviu como um padrão, mas como um isolante. Os documentos encontrados entre as mantas desta época tornaram-se uma fonte primária de informações sobre a vida pioneira.
Edredons feitos sem qualquer isolamento ou rebatidas são referidos como colchas de verão. Eles não foram feitos para o calor, mas sim para manter o frio fora durante noites mais frias de verão.
Mulheres Afro-Americanas desenvolveram um estilo distinto de colchas, notoriamente diferente, estilo este, fortemente associadas com o Amish. Harriet Powers, uma escrava americana, fez duas colchas famosa na história. Ela era apenas uma das muitas quilters afras americanas que contribuíram para a evolução do quilting. A comunidade Gee's Bend quilting foi celebrada em uma exposição que viajou por vários museus, incluindo o Smithsonian. As contribuições feitas por ela e outras quilters da Gee’s Bend, Alabama foi reconhecida pelo serviço postal dos EUA com uma série de selos. A natureza comunal do processo de quilting (como ele pode reunir mulheres de várias raças e origens) foi homenageada no filme “Como Fazer um quilt americano”.
Durante o século XX, as colchas de arte tornaram-se populares por suas qualidades estéticas e artísticas mais do que para a sua funcionalidade. (que são exibidas em paredes ou mesas em vez de serem dispostas sobre as camas).
Tipos de quilting
Muitos são os tipos de colchas existentes nos dias atuais. As duas técnicas mais utilizadas são o quilting à mão e quilting máquina.
Quilting à mão
Este processo usa agulha e linha para costurar uma costura que percorre com a mão toda a área a ser acolchoada unindo assim todas as camadas. Um quadro de bordado ou aro (bastidor) geralmente é usado para ajudar na realização do acolchoado que é executado no colo da quilter. A quilter pode fazer um ponto em execução que é chamado um ponto facada. Outra opção é um ponto chamado de balanço, onde a Quilter, geralmente com um dedo vestindo com dedal sobre a colcha, enquanto a outra mão está localizada abaixo da mesma para empurrar a agulha de volta. A terceira opção é o ponto chamado de "carregamento da agulha" que envolve fazer quatro ou mais pontos antes de puxar a agulha através do tecido. Quilting à mão ainda é praticado pelos Amish nos Estados Unidos, e hoje está desfrutando de um ressurgimento mundial.
Quilting à Máquina
Processo que faz utilização de máquina de costura doméstica ou uma máquina de costurar LongArm para juntar as camadas. Usando uma máquina de costura doméstica, as camadas devem ser dispostas em uma superfície plana onde serão pinadas (usando alfinetes grandes) ou alinhavando a fim de juntar as camadas para então serem levadas a maquina de costura para execução do quilt.
Para fazer o QUILTING com à máquina de costura doméstica, existem pés calcadores especiais:
WALKING FOOT – para costuras retas
QUILTING FOOT , DARNING FOOT, BIG FOOT (plástico), OPEN TOE (metálico
com abertura): são pés específicos para o FREE MOTION QUILTING, que é o
QUILTING de movimento livre ou QUILTING Livre.
Cada marca e modelo de máquina de costura possui um pé adequado para
este tipo de Quilting, na dúvida pergunte em uma loja distribuidora da
marca de sua máquina, para não acabar comprando gato por lebre e ter um
equipamento adequado com o qual conseguirá melhores resultados. Para as
máquinas mais antigas existe no mercado um modelo genérico
.
Já com o uso da maquina Longarm Quilting o processo se dar pela colocação das camadas a ser acolchoado em um quadro especial. A moldura tem pinças em que as camadas são laminadas, mantendo estas em conjunto, sem a necessidade de alinhavar ou pinar. Esses quadros são utilizados com uma máquina de costura profissional montada sobre uma plataforma e esta passeia das trilhas, para que a máquina possa ser movida através das camadas da estrutura. Uma máquina Longarm é movida através do tecido em um movimento contraste.
Dicas:
Quilting é geralmente concluído a partir do meio, e se expandindo para
as bordas da colcha. Podendo ser de elaboração decorativa, compreendendo
costura que formam projetos com padrões simples ou complexas grades
geométricas, "motivos" traçado a partir de padrões publicados em
revistas, ou complexos modelos repetidos chamados pavimentações.
O quilter pode optar por enfatizar esses projetos usando segmentos que
são multicoloridas ou metálicas, ou que contrastam fortemente com o
tecido. Por outro lado, o quilter pode optar por fazer o quilting
desaparecer, usando náilon "invisível" ou fio de poliéster, segmento que
corresponde à colcha top, ou a costura dentro da costura de retalhos
próprios (vulgarmente conhecido como "ponto na vala"). Alguns quilters
desenhar o projeto quilting no top antes de costurar, enquanto outros
preferem unir "à mão livre."
Quilting é frequentemente combinada com bordados, patchwork, apliques, e outros trabalhos que fazem uso de agulha.
O forro e a manta devem ser cortados pelo menos uns dois centímetros
maiores que o topo, pois se houver algum deslizamento, não haverá
prejuizos ao trabalho. Pré-lavar o forro é uma boa idéia e ele pode ter
emendas, se isso se fizer necessário. Essa emenda pode ser normal, com
uma costura no centro ou ainda formando um medalhão quadrado ou
retangular no centro, com bordas ao redor. Claro que o forro também pode
ser todo trabalhado, como por exemplo, todo em quadrados grandes, que
fará com que a colcha tenha dupla face.
Coloque o forro sobre uma
mesa (ou sobre o chão, se não tiver uma mesa grande o suficiente) com o
direito para baixo (se houver). Prenda com pedaços de fita crepe a
intervalos regulares, em toda a volta. Estenda, mas não estique o
tecido.
Sobre o forro coloque a manta e torne a prender com a fita
crepe em alguns pontos. Depois coloque o topo, centralizando e com o
direito para cima.
Faça alinhavos usando uma agulha grande e não
muito grossa, e linha branca ou natural (independente da cor
dotrabalho). Esse alinhavo deve partir do centro para os cantos, em "X" e
depois nos intervalos, formando um "+". Se o trabalho for pequeno,
assim apenas será suficiente, mas se for um painel, manta ou colcha,
continue alinhavando nos intervalos dos alinhavos já feitos, até ter
certeza de que todas as camadas estão estabilizadas. O alinhavo não
precisa ser reto nem regular, já que será retirado depois.
Existem alfinetes
curvos que podem substituir o alinhavo, mas você precisa ter uma
quantidade grande, uma vez que vai alfinetar todo o topo, colocando-os
não muito longe uns dos outros.
E há ainda outra forma mais simples, que é usando o Adesivo Spray 305/505.
Trata-se de uma cola não permanente e que deve ser aplicada na manta,
primeiro em um dos lados (o que vai ficar aderido ao forro) e depois no
outro, que receberá o topo em cima. Os jatos devem ser dados a trinta
centímetros de distancia e não muito prolongados, a ponto de deixar a
manta molhada.
Depois de fazer o quilting, corte o excesso de manta e de forro.
Essa
forma de sanduiche requer que seja colocado um debrum de acabamento ao
redor, depois que o quilting estiver terminado, mas para trabalhos
menores, há uma outra maneira mais simples e mais rápida. Às vezes
também podemos fazer o quilting sem colocar forro, como para
determinadas montagens de bolsas.
Fonte:Wikipédia,Danielle Décor Art,Country Craft,Arte em Casa,