terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Agulhas para Máquina


 História 

 Há mais de 20 mil anos utiliza-se a agulha. Na Pré-história faziam-se de madeira, rocha ou osso e, mais tarde, começaram a fazer-se de ferro ou de metal. Acha-se que a chineses foram os primeiros em utilizar agulhas de aço, e que os árabes se encarregaram da levar a Europa. Já em 1730 havia importantes fabricantes de agulhas em Nuremberg (Alemanha), e durante o reinado de Isabel I da Inglaterra, já existiam muitos fabricantes de agulhas . Nestes tempos ,a agulha não teria olho, senão um ganchinho para atar o fio.
Para dotar a agulha de um olho, foi necessária a realização de uma série de desenvolvimentos posteriores. Concretamente, o olho da agulha é um invento que data de 1825. As primeiras agulhas com olho saíram ao mercado em 1826, mas não foi até 1885 quando a maquinário foi arranjado para estampar bem o olho na agulha. Posteriormente saíram as agulhas para máquina de coser, similares a uma agulha normal, mas com o olho na parte inferior.

A agulha
A agulha para máquina é um pouco mais complexa do que a comum. Vamos disseca-la com carinho:
agulha - parte a parte
Ponta (point) – O tipo de ponta é uma das principais diferenças entre as agulhas disponíveis no mercado.
Buraco ou fundo (eye) – É o buraco por onde o fio passa.
Tronco (shank) – A parte do corpo da agulha que é encaixado na máquina. Tem dois lados: o plano e o abaulado (arredondado)
Concavidade (scarf) - Reentrância por trás da agulha, onde fica o buraco.

A máquina
Não custa nada dar uma olhadinha no manual: a sua máquina usa agulhas especiais? Quais são as agulhas recomendadas pelo fabricante? Siga as instruções e sua máquina funcionará bem sempre.
Agora vamos dar uma olhada em como a agulha “faz seu serviço” na máquina:
- A agulha atravessa o tecido, levando a linha superior (verde, que passa pelo buraco da agulha) até a bobina (que está com a linha azul)
- A linha superior entra na laçadeira (peça vermelha)
- O gancho da laçadeira passa a linha superior por baixo da bobina
- Quando a laçadeira sobe de volta, a linha superior fica presa na linha da bobina (azul)
- A linha superior é puxada de volta pela agulha, trazendo a linha da bobina para cima do tecido, formando o ponto.
Tipos de agulhas
Agulhas de ponta normal ou fina (Sharp points, regular ou microtex)
Como é: Tem a ponta levemente afilada.
Serve para: Tecidos planos porque a ponta fina “machuca” menos o tecido
Tamanhos: 9 a 18
Agulhas de ponta universal (Universal point)
Como é: Tem a ponta levemente arredondada.
Serve para: Tecidos planos e malhas, por estar no meio termo entre afilada e arredondada.
Tamanhos: 11 a 14
Agulhas de ponta arredondada (Ball point ou stretch)
Como é: Tem a ponta arredondada. Quanto maior a agulha, mais arredondada.
Serve para: Malhas e tecidos stretch porque ela “escorrega” entre os fios da malha, ao invés de espetar. São ainda mais necessárias em malhas que estragam quando um fio se parte (fio corrido).
Tamanhos: 9 a 16
Agulhas de bordado (Embroidery needles)
Como é: Tem o buraco maior, para passar fios de bordado que são mais grossos.
Serve para: Bordados decorativos. O buraco maior quebra menos a linha.
Tamanhos: 11 a 14
Agulhas de quilting (Betweens)
Como é: Menor do que uma agulha normal, com o buraco pequeno, porém mais forte.
Serve para: A ponta reforçada serve para passar por várias camadas de tecido (quilt sanduíche) e para passar por cima de outras costuras.
Tamanhos: 9 a 12
Agulhas de pesponto (Topstitching)
Como é: O buraco dessa agulha é um pouco maior,
Serve para: Acabamentos pespontados, com um ou dois fios de linha.
Tamanhos: 9 a 14
Agulhas para jeans (Denim)
Como é: A concavidade é mais funda e a ponta é afilada.
Serve para: Tecidos pesados como jeans, lona, vinil e couro sintético. Desenhada para costurar sem pressionar o tecido no buraco da chapa da agulha.
Tamanhos: 9 a 16
Agulhas de ponta facetada (Wedge point ou Leather)
Como é: A ponta da agulha é fina, com as bordas facetadas.
Serve para: Couro e vinil. A ponta facetada é feita para furar o tecido criando um buraco que se fecha sobre ele mesmo quando a agulha sobe novamente.
Tamanhos: 11a 18.
Compare as pontas fina, arredondada e facetada:
agulha - compare1
agulha - compare 2
agulha - compare3
Existem outros tipos de agulhas, mas elas não são comumente usadas em máquinas domésticas.
agulhas - outras
Tamanhos de agulhas
Sabendo o tipo de agulha, a regra básica de tamanho é: tecido mais grosso, agulha maior.
  • Tecidos delicados: Para seda, chiffon, voil, renda e organza, 9 costuma ser a mais indicada.
  • Tecidos leves: Tecidos sintéticos leves, tafetá ou chamois, levam tamanho 11.
  • Tecidos médios: Popeline, linho, musseline, crepe, flanela, malhas, jersey, lã, e tecidos stretch podem usar 14.
  • Tecidos médios a pesados: Para gabardine e tweed, agulhas 16 são mais apropriadas.
  • Tecidos pesados: Jeans, tecidos para estofados e lona usam agulhas 18.
Comprando agulhas
A dica mais importante para comprar agulhas é levar anotado o modelo da sua máquina. Pergunte para o atendente quais são as agulhas para aquela máquina e evite dores de cabeça.
Escolher as mais baratinhas também pode te custar a paciência na hora de costurar, com muito quebra-quebra. Uma agulha de boa qualidade costuma ser suficiente para de 8 a 10 horas de trabalho.
As agulhas podem ser numeradas pelo sistema métrico, que é o europeu ou pelo sistema Singer, que é mais comum nos Estados Unidos. O sistema métrico multiplica o diâmetro da agulha por 100 e o Singer numera cada agulha de forma crescente. A numeração que usei para indicar os tamanhos das agulhas neste post foi o Singer, porque é o que encontramos mais comumente aqui no Brasil, mas se no seu armarinho do coração as agulhas estiverem numeradas pelo sistema Europeu, é só converter:
Metrico / Singer
65 / 9
70 / 10
75 / 11
80 / 12
85 / 13
90 /14
95 /15
100 / 16
105 / 17
110 / 18
Dicas de uso
  • A agulha está cega ou lascada? Troque na hora ou você vai correr o risco dela estragar o tecido e perder peça.
  • Trocar a agulha toda vez que começa um projeto novo também é uma boa prática. As agulhas não são tão caras, então vale a pena tomar esse cuidado.
  • Cheque sempre se a agulha está com a parte reta corretamente encaixada na máquina. Se não estiver, ela vai dar pontos em falso ou não formar o ponto.
  • Agulha torta ou suja: NEM PENSAR!
 Entenda quais são os tipos de agulhas ideal para a sua máquina de costura. O tipo da agulha vai depender do tipo de tecido e também da linha que será utilizada na costura.
Veja esse vídeo da Singer e saiba qual é a agulha ideal para a sua máquina de costura.

 



Fonte:Como Faz,You Tube

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Camisa Feminina





A camisa é uma roupa secular e a que melhor expressa elegância e liberdade ao mesmo tempo. Teve seu surgimento em terras egípcias sob o nome de kalasiris que era uma vestimenta reta, costurada dos lados, com abertura somente para passar a cabeça. (embora ainda se assemelhasse mais a uma camiseta comprida).





Em Roma foi chamada de “subúcula” e funcionava como roupa intima (vestido de dormir) ou uma camisa para se usar abaixo da túnica o que foi sua função durante muito tempo. Era uma peça tão importante nos tempos antigos que era adicionada aos dotes ofertados.

  Até quase o final do século XVIII, as camisas dos homens não deviam aparecer, eram usadas como uma camada entre o corpo e o traje externo. As mulheres usavam um tipo de camisa feminina com a mesma intenção. O que importava era que essa roupa pudesse ser lavada com mais facilidade e freqüência - relativamente falando – do que um vestido ou casaco, que, no caso das classes ricas, muitas vezes não podiam de modo algum passar por uma limpeza, devido à profusão de bordados e outros ornamentos. Uma camisa branca simples podia aparecer sob o decote de um vestido, mas era considerada, realmente, roupa de baixo. Como os vestidos eram confeccionados como peça única, não foi senão depois que o tailleur se tornou popular, nos anos 1880, que a blusa de feitio e confecção semelhantes aos de uma camisa – como as camisas femininas eram então conhecidas – tornou-se necessária.

Mas é a partir do século XVIII que a camisa começa a sair de debaixo das roupas para se transformar num elemento de destaque tornando-se popular apenas ao final da II Guerra Mundial. Conhecida por ter gola, punho e botões frontais em toda sua extensão, os designs e estilos variam muito dentro dos ditames da moda, porém sua melhor evolução foi passar a fazer parte tanto do guarda-roupa masculino, quanto do feminino!
No final do século XIX, a camisa colegial feminina já era bastante parecida com a camisa social de hoje: sem enfeites “eduardianos” (rendas, bordados, nervuras, tudo em muita quantidade). Já em 1910 o uso de tais enfeites passou a ser considerado fora de moda, antiquado. O corre-corre cotidiano pedia roupas mais simples e fáceis de tratar.

No começo do século XX essa camisa branca e de algodão, a chemise, era usada por muitas mulheres norte-americanas, por causa da facilidade em mantê-las, pois eram mais fáceis de lavar do que as de seda e outros materiais que os estilistas da época adoravam usar nas coleções femininas. Nessa época, várias mulheres estavam no mercado de trabalho (recepcionistas, telefonistas, entre outras trabalhadoras de escritório), e a camisa de colarinho branco, de uso geral, apresentava pequenas diferenças do modelo masculino (babadinhos e aplicações). Sempre usadas com saias, compunham um visual uniforme, sóbrio, adequado para a vida profissional nas cidades grandes.O colarinho branco era usado no início apenas pelas classes mais altas. Os operários usavam camisas azuis. 
Na década de 1920 a camisa clássica era nada mais nada menos que a blusa de marinheiro, bem folgada, presa ao quadris, e era uma adaptação da roupa infantil (coisa curiosa que aconteceu muito naquela época). Era usada para a prática de esportes, para atividades informais.

Ainda no início do século XX, Coco Chanel pegou uma camisa do armário masculino e passou a usá-la,mas não se tornou moda popular. Chanel simplificou enormemente o guardar-roupa feminino, por exemplo, deixando de usar os espartilhos, que na realidade só poderiam ser usados mesmo, em todo o seu esplendor, pelas mulheres ricas, já que essa peça tolhia os movimentos e demorava a ser vestida.  Chanel percebeu que ficava melhor com roupas simples, inspiradas no guarda-roupa masculino, e era inteligente o suficiente para explorar sua descoberta. Com a escassez de produtos por causa da guerra, a simplicidade tornou-se norma, e as roupas perderam os enfeites, tornando-se mais sóbrias, coisa que já se via no guarda-roupa de Chanel.
 Hoje, muito do que ela criou é visto como elegante e clássico. Ela realmente criou peças belas e simples, mais apropriadas para um mundo onde a agilidade e a praticidade estavam sendo mais e mais cobradas. 

Depois dessa época, a camisa branca vai causar mais impacto na moda já nos anos de 1940. As moças pegavam as camisas que seus pais não queriam mais e usavam com seus jeans, mas sempre para trabalhos em casa. Para usar a camisa em outras atividades ela precisava ser muito bem arrumada, passada e engomada.

 

Nos anos 50 a camisa feminina mais chique era a Bettina, de Givenchy, lançada em sua primeira coleção, em 1952. Com seus babados nas mangas, era bem complicada de tratar, e somente mulheres ricas poderiam tê-la – seja por causa do preço, seja por que teriam que ter quem passasse a ferro.
Foi nessa década que a atriz Audrey Hepburn fez uso desta peça e lançou moda mundo afora, de verdade. Daí por diante ela foi mais e mais incorporada ao vestuário feminino.
Chanel e Hepburn pegaram camisas que realmente eram usadas por homens, dos armários deles, mas isso não quer dizer que as mulheres antes não usassem camisas também. A diferença é que as camisas usadas por elas, as que se tornaram parte do uniforme profissional urbano, foram as masculinas: bem grandes (folgadas), com colarinho pontudo, botões do pescoço até embaixo, punhos com botões – a famosa camisa social. As camisas femininas não eram tão retas e “secas” quanto as masculinas, nem eram tão largas.




Mais tarde em 1970 com o aparecimento do feminismo, Marlene Dietrich e Katharine Hepburn continuram a eterniza-la.








 Na década de 80 Vivienne Westwood lança uma coleção de camisas brancas inspiradas em piratas e depois disso um desfile de ícones: Kim Basinger em 9 ½ Weeks, Pulp Fiction com Uma Thurman, Carolina Herrera e suas inseparáveis camisas brancas.






E enfim nós no shopping, em um jantar, no aniversário ou indo ali no supermercado!


Esta peça pode ser confeccionada em variadas matérias primas: algodões, linhos, sedas, cetins, crepes; podendo seguir a moda ou simplesmente criar uma ao seu estilo.




Fonte:Blog Casa Alberto,Rosa Atual,Rosa Mulher,Blog Glam& Chic,Blog Lu Ribeiro

domingo, 10 de novembro de 2013

Máquina Singer modelo 247

    Passo a passo do uso da máquina Singer modelo 247.
    Para quem perdeu o manual de instrução ou precisa de uma ajudinha para trabalhar com sua máquina.
    Aguarde vai ter mais posts de outros modelos e marcar...
     

    Conhecendo a Máquina
    1. Luz
    2. Disco tensor
    3. Seletor da tensão
    4. Suporte da agulha
    5. Agulha
    6. Chapa da agulha
    7. Bobina
    8. Chapa corrediça
    9. Caixa de bobina
    10. Impelentes ou dentes
    11. Pé calçador ou sapatilha
    12. Parafuso do pé calçador
    13. Guias da linha
    14. Mola tensora da linha
    15. Estica-fio da linha
    16. Regulador de pressão do pé calçador 
    17. Guia da linha
    18. Seletor da largura do ponto
    19. Seletor da posição da agulha
    20. Porta-carretéis
    21. Conjunto enrolador da bobina
    22. Roda de mão
    23. Seletor do comprimento do ponto
    24. Botão para comando do ponto de retrocesso  
    Passando o Fio
    Coloque o carretel no pino.
    Passe a linha por todos os pontos indicados conforme as imagens abaixo:









    Coloque a linha na agulha, puxe cerca de 10 cm de linha pelo orifício da agulha.


    Com a mão esquerda segure levemente a linha de cima e com a mão direita gire o volante devagar, para a frente, até que a agulha entre na chapa dos dentes.



    Continue girando o volante até que a agulha suba, e com uma laçada traga a linha de baixo para cima.

    Puxe a laçada com os dedos até que a extremidade livre da linha apareça sobre a chapa dos dentes.

    Coloque ambas as linhas debaixo do pé calçador, diagonalmente para trás.

    Enchendo a Bobina

    Levante o pé calçador e gire o volante até que a agulha esteja em sua posição mais alta. Afrouxe o isolador do volante (centro do volante), girando-o em sua direção com a mão direita, enquanto segura o volante com a mão esquerda.
    Abra a chapa corrediça e remova a bobina.
    Coloque o carretel no pino sobre o feltro. Passe a linha em volta do guia-fio.
    E pelo furo da bobina (de dentro para fora).
    Coloque a bobina no eixo do enchedor e mova a alavanca para a direita.
    Segure a ponta da linha e acione a máquina. Após algumas voltas da bobina, corte a ponta da linha.
    Quando enrolar a quantidade necessária de linha, pare a máquina e corte a linha do carretel. (O enchimento cessará quando a bobina estiver totalmente cheia).
    Mova a alavanca do enchedor para a esquerda e retire a bobina cheia. Segure o volante e aperte o botão isolador.
    Comprimento do ponto

    Os números de 1 a 4 representam o comprimento de cada ponto em milímetros. Quanto maior é o número, maior é o comprimento do ponto. Os pontos mais curtos são indicados para tecidos mais finos e os pontos mais longos para os tecidos mais grossos. A região MICRO é usada para costura acetinada.


    Eu sempre costuro com o ponto 3 e para o zig-zag uso o ponto 1.

    Gire o dial de modo que o comprimento desejado esteja posicionado abaixo do símbolo. Para encurtar os pontos, gire o dial para um número menor. Para aumentar o comprimento dos pontos, gire o dial para um número maior.

    E o botão do centro é para a costura para frente padrão, e a costura para trás apertando o botão (retrocesso).



     Seletor da tensão
    O indicador regulador de tensão indica o grau de tensão na linha do carretel e permite ajustá-lo corretamente para qualquer costura, de acordo com a linha e o tecido usados.



    Regulador de pressão do pé calçador

    O disco regulador da pressão regula a pressão exercida pelo pé calcador sobre o tecido. É muito importante manter uma pressão correta sobre o tecido para que possa ser movimentado uniformemente pelos dentes impelentes.


    Abaixe o pé calcador antes de regular a pressão;
    Para aumentar a pressão gire o disco para números maiores (para tecidos grossos);



    Para diminuir a pressão gire o disco para números menores (para tecidos leves);



    Para cerzir gire o disco para a posição O.


    Fonte:Nanda Rocha ,Iniciante na Costura,