terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

História da Cueca


Cueca é uma peça da indumentária originalmente masculina e atualmente adotada pelas mulheres. A sua função primordial é cobrir e proteger os órgãos sexuais do homem (sua costura é especialmente modelada para fornecer apoio a estes órgãos) ou mulher. Em algumas regiões, também é chamada de sunga. A partícula "cu", de origem no latim vulgar, praticado nas classes baixas da sociedade romana, que se acha aí inserida, tem o sentido de 'parte de trás' (como em culatra). Até dois séculos atrás, os homens vestiam-se com tanto brio quanto as mulheres. Mas então suas roupas e, em particular, suas roupas íntimas, ganharam linhas e cores mais discretas. As diferenças de anatomia sempre ditaram moda da roupa íntima entre homens e mulheres. Para as mulheres, a roupa íntima sempre enfatizou mais a sexualidade que a praticidade.
A roupa íntima masculina sempre foi primeiramente funcional, de acordo com a forma do corpo masculino feitas com tecidos macios e protetores.

Divulgação

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 O exemplo mais antigo da roupa íntima masculina data dos homens das cavernas. São descritas por estudiosos com um longo pedaço de linho moldado como um triângulo com tiras nas pontas. Eram amarrados ao redor dos quadris e laçados por entre as pernas; depois, com as tiras, eram amarrados novamente nos quadris.

armaduras



No século XII, com o desenvolvimento das armaduras de platina, as faixas de linho que eram usadas como proteção contra o metal áspero começaram a ser usadas pelos cavaleiros. Desde então, estes tecidos são considerados os reais antecedentes da roupa íntima masculina.



roupa.masculina.sec.16Mais tarde, as cuecas, freqüentemente amarradas abaixo dos joelhos com fitas ou alfinetes, encurtaram e foram costuradas. As roupas masculinas do século XVI eram tão brilhantes e coloridas quanto as femininas. Eram feitas de seda, tafetá e outros tecidos nobres, enquanto as roupas íntimas eram feitas de linho, pois era o único tecido lavável.


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Na década de 1830, as roupas íntimas masculinas feitas de flanela e algodão se tornaram comuns e muito usadas. Após a Revolução Francesa, a aristocracia inglesa tornou-se o modelo da moda masculina. O que usavam eram roupas confortáveis e casuais.


corsete masculinoCom exceção de ocasiões formais, os calções deram lugar às calças mais justas, acompanhadas de botas. Através dos séculos, alguns homens, principalmente os militares, usavam roupas íntimas parecidas com os corpetes que diziam facilitar a vida em tempos de guerra.


Em 1895, o catálogo das lojas Montogomery Ward oferecia roupas íntimas masculinas feitas de algodão e flanela, mas divididas em duas peças, nas cores cinza e o bem popular vermelho. Em 1908 as lojas Sears lançaram catálogos oferecendo corseletes masculinos para militares.

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Os “shorts íntimos” foram as novidades que chegaram com o século XX. As cuecas passaram a ser fabricadas com tecidos e elásticos e se tornaram mais confortáveis. Ao contrário da roupa íntima feminina, que tem um aspecto mais sexy, o princípio da roupa íntima masculina é o conforto e a simplicidade, motivo pelo qual os shorts chamados “samba-canção” se tornaram muito comuns na década de 1980.






cuecas.modernasNa década seguinte a lingerie dos homens evoluiu e não está pautada só no slip (modelo tradicional), aceitou o calção de malha e todas as formas de produtos derivadas do esporte, como os modelos ciclista, boxer e shorts. Além das fibras e formato, a nova lingerie tem um corte bem estudado, com costuras invisíveis para não machucar.

Como vocês podem ver nestas três últimas imagens, o underwear masculino também já ultrapassou o conceito de apenas roupa de baixo e atualmente também é usado como item fashion e fetichista, assim como os femininos.




Propagandas que fizeram história


A cueca ganhou seu status fashion quando Calvin Klein resolveu lançar sua linha íntima. Em 1983, Bruce Weber fotografou o jogador de pólo aquático nascido no Brasil Tom Hintnaus, que se tornou o primeiro homem a ser fotografado para uma campanha de cueca. A revista “American Photographer” a escolheu como uma das 10 fotos que mudaram a América.
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Outro anúncio que fez muito sucesso foi em 1992, quando a própria Calvin Klein espalhou cartazes gigantes na Times Square, em Nova York, com fotos de Herb Ritts do então cantor de rap Marky Mark (apelido do ator Mark Wahlberg no início da carreira). Ele estrelou filmes como “Boggie Nights” (1997) e foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante por “Os Infiltrados” (2006), de Martin Scorcese.

No século 21, foi a vez dos jogadores de futebol servirem de modelos para campanhas da italiana Emporio Armani. A primeira foi com o jogador inglês e símbolo metrossexual David Beckham, que por três anos desde 2007, foi o modelo preferido da marca. Depois, Beckham foi substituído pelo astro português Cristiano Ronaldo.


David Beckham para a armani wallpaper


Cristiano Ronaldo Emporio Armani

Depois de usar um time de rúgbi e de pólo aquático para suas campanhas, a Dolce & Gabbana convidou a seleção italiana para o lançamento da linha de peças íntimas, chamada “Calcio” (futebol, em italiano). Nas imagens, os jogadores aparecem de cuecas em clima de vestiário.
 

 
Modelos de cueca
Como pode notar, milhões são gastos em propagandas para que você se convença o quanto esta peça é importante, mesmo que não seja tão vista quanto um jeans ou uma gravata.Não existe um modelo melhor do que outro, é uma questão de escolha pessoal. É imprescindível, no entanto, que elas não fiquem apertadas em hipótese alguma.
A grande novidade na área é a volta das cores mais fortes, inclusive o polêmico vermelho, que vêm rivalizar com os tradicionais preto, branco e cinza. Até pouco tempo atrás, a cueca vermelha era considerada cafona, tanto por homens, quanto por mulheres, mas parece haver uma corrente atual a favor do tom. Além das cores lisas, padronagens como listras e xadrez também estão em alta, tirando a peça da sua monocromia habitual.

Para o dia-a-dia, as lingeries mais indicadas são 100% de algodão ou de outras fibras naturais como o bambu, que tem propriedades desodorizantes e antibacterianas. A cueca é a roupa íntima masculina curta e de modelagem um pouco justa, muito usado desde a década de 1930.
São 5 tipos de cuecas para vocês conhecer:
História da Cueca


Slip: também chamado de cueca propriamente dita, tornou-se muito popular no ocidente na década de 90.



História da CuecaFio-dental: é uma peça do vestuário masculino pouco conhecida e usada por brasileiros porém muito popular em países da Europa, Estados Unidos e Japão. O uso fio-dental no Brasil é atribuído a exposição sexual das mulheres e por isso o seu uso ainda não é bem aceito por homens no Brasil. Apesar de ser muito comum o uso de fio-dental por mulheres, os homens contemporâneos estão começando a aderir esse tipo específico de cueca ao dia-dia. Quebrando a ideia de roupa apelativa e de fim meramente sexual. As vantagens desta cueca estão no formato adequado ao corpo masculino, sendo mais confortável e proporcionado maior liberdade de movimento. Justamente por esse motivo o seu uso é comum por esportistas, fisioculturistas e lutadores. Várias marcas famosas produzem esse tipo de cueca, entre eles são Calvin Klein, Mash, Nike, Emporio Armani e outros.


História da CuecaUndoshi: é a correspondente japonesa da cueca. Muito popular antes da Segunda Guerra Mundial, sendo usado por todas as pessoas de todas as classes sociais e idades. Com a chegada das roupas americanizada, o fundoshi saiu de moda, mas algumas pessoas ainda preferem o fundoshi pelo seu conforto e pelos seus benefícios. Durante décadas o fundoshi vem sendo usado em lutas de sumo, como traje de banho e em matsuri ( é uma espécie de Carnaval realizado no Verão em todo o arquipélago japonês).
Existem vários tipos de fundoshi, mas são três os principais: rokushaku, echuu e mokko.

História da Cueca

História da CuecaBoxer: ou cueca boxer é uma peça de indumentária masculina, ainda que hoje também utilizado nas mulheres. Como outras peças de vestuário íntimo, serve para tapar e e proteger os órgão sexuais. Difere da cueca, essencialmente, ao reduzir a pressão feita na zona da virilha. Pode ser mais folgada ou mais justa, dependendo do tipo de material. Muitas boxers têm uma abertura para facilitar a micção masculina, sem ter de desapertar as calças. Derivando de utilizações desportivas, são fabricadas com tecidos confortáveis e elásticos, tendo em vista a simplicidade e conforto. Os boxers foram “reinventadas” recentemente a partir da censura sobre os materiais usados na TV dos EUA, que decidiram que mostrar uma pessoa de cuecas era “indecente”; um estilista “reinventou” então o moderno “boxer-short”.

História da Cueca 



Sungão: Samba canção ou ceroula é uma cueca larga que em geral apresenta cós com elástico e braguilha. Pode ser de diversos materiais, como algodão, seda e tecidos sintéticos. Nome às vezes abreviado para “samba-canção”.




 Fonte:Site UOL,Wikipedia,Portal São francisco,Homem Moderno,Gabinete de Curiosidade,







quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Yves Saint Laurent


Yves Henri Donat Mathieu-Saint Laurent, conhecido mundialmente por três letra, YSL, tornou-se sinônimo de moda e alta costura. O mestre da moda nasceu no dia 1º de agosto de 1936 em Ora, cidadezinha litorânea localizada na Argélia e aos dezessete anos, enquanto estudava em Paris na tradicional École de la Chambre Syndicate de la Haute Couture (algo como “Escola da Câmara Sindical de Alta Costura”), entrou, em 1954, num concurso patrocinado pelo International Wool Secretariat e ganhou o primeiro prêmio com um vestido para coquetel. Pouco tempo depois, foi contratado pela tradicional marca DIOR como assistente de modelagem.

 

Quando Christian Dior morreu, em 1957, o argelino de espírito francês assumiu a direção criativa da sofisticada e famosa grife com o desafio de salvar o negócio da ruína financeira.

As coleções desse estilista precoce criaram considerável controvérsia: não eram o que as pessoas e os clientes esperavam das coleções de Dior: o célebre TRAPÉZIO de 1958 era uma roupa considerada de “menina-moça”, um vestido de ombros estreitos com um corpete semi-ajustado e saia curta, evasê, que se tornou febre mundial e rendeu a seu criador o prêmio Neiman Marcus daquele ano, concedido às maiores contribuições ao mundo da moda pela renomada cadeia de lojas norte-americana; a recriação, em 1959, de uma versão mais curta da Saia entravada; e as jaquetas de couro preto, suéteres de gola rolê e bainhas adornadas com pele de 1960. Para entender o impacto das suas criações já na época, basta observar a manchete de um dos principais jornais de Paris, que estampou na capa “Yves Saint Laurent salvou a França”, em referência à criação do vestido trapézio.


 O público via a roupa moderna que se usava nas ruas ser reinventada nas mãos de um costureiro. Mas foi então, que Yves Saint-Laurent foi convocado para servir na Guerra de Independência da Argélia em setembro de 1960. Vários meses depois, tendo recebido baixa por motivo de saúde, foi ferido em combate, voltou para Paris e descobriu que Marc Bohan assumira o posto de estilista-chefe na maison Dior.


 O mestre então, com o sócio Pierre Bergé, abriu sua própria maison em 1962. Era o começo de uma marca gloriosa. Sua primeira coleção, lançada em memorável desfile no 29 de janeiro desse mesmo ano, apresentou uma bem-sucedida japona de lã azul-marinho com botões dourados; e batas de trabalhador feitas de jérsei, seda e cetim.
Yves Saint Laurent campaign image, 1962
  Desenhou o figurino para Claudia Cardinale no filme “A Pantera Cor de Rosa”, de Blake Edwards.http://renatofelix.files.wordpress.com/2011/11/01-claudia-cardinale-c.jpg
 Ano após ano, deu mais contribuições à moda: em 1963, suas botas que iam até as coxas foram amplamente copiadas;
Em 1964, Lançamento de seu primeiro perfume chamado Y.
 
Em 1965, fundiu arte à moda em seus vestidos Mondrian, em jérsei branco de silhueta reta ornado de linhas verticais e horizontais pretas e espaços com as cores primárias homenageando o mestre cubista holandês;

Em 1966 lançou o smoking feminino, uma de suas inovações de maior sucesso, composto por blusa transparente e calça masculina e que representava uma provocação sexual e social, já que, na época, alguns lugares proibiam a presença de mulheres vestindo calças;




 Também em 1966, foi o primeiro a popularizar o Prêt-à-porter, a moda de bom gosto e bom corte, a preços mais acessíves que a alta-costura, em sua boutique Rive Gauche, em Paris.

Em 1967, os Knickers de veludo foram um lançamento importante de suas coleções; no ano seguinte, apresentou blusas transparentes e a clássica Saharienne, a jaqueta tipo safári;
Inauguração em 1969 da sua primeira boutique de moda masculina chamada Rive Gauche Homme.
Em 1969, o terninho; e, em 1971, o blazer. Durante a década de 70, continuou a reinar em Paris.
1970s Fashion History Yves Saint-Laurent


Em 1971,pousou nu, num clique de Jeanloup Sieff, para o lançamento do perfume YSL Pour Homme.



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Em 1976, uma das coleções mais memoráveis da época, apelidada de Russa ou Cossaca, apresentou roupas camponesas exóticas. As saias compridas e rodadas, os corpetes e as botas exerceram forte influência, enquanto o desfile transformou lenços e xales em peças de moda permanentes.
ysl
Lançamento do perfume Opium (maior sucesso em fragrâncias da grife),em 1977




Na década de 80, homenageou em suas coleções, dentre outros, Marcel Proust e Catherine Deneuve (sua amiga, cliente e espécie de embaixatriz da casa YSL). A sigla foi rapidamente compreendida como sinônimo de elegância e passou a aparecer nas etiquetas de inúmeros produtos licenciados como perfumes, bolsas e chapéus e óculos.
Em 1983, ele se tornou o primeiro designer de moda vivo a ser honrado com uma exposição de seu trabalho no Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque.

 Em 1999, vendeu sua grife para o PPR Group (Pinault-Printemps-Redoute), o terceiro maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, que também detém a italiana Gucci, continuou a frente da YSL

 Somente deixou o mundo da moda em janeiro de 2002, depois de 70 coleções de alta costura e 200 desfiles no currículo, apresentando no Centro Georges Pompidou um desfile retrospectivo de seus 40 anos de criação, com suas iniciais, YSL, sendo conhecidas como sinônimo de alta-costura. Ao final do desfile, enquanto sua musa Catherine Deneuve cantava “Ma plus belle histoire d’amour”, o estilista se despedia em meio a aplausos e lágrimas. Um dos símbolos máximos da sofisticação e do bom gosto em moda por quase quatro décadas, amigo de algumas das mais ricas e famosas mulheres do mundo, todas suas clientes como Diane von Furstenberg, Loulou de La Falaise e Catherine Deneuve, o estilista, transformou a YSL num ícone da moda, que apresentou mais de setenta coleções de alta-costura e lançou uma infinidade de produtos que levam sua marca e são vendidos em toda parte do mundo. Yves Saint-Laurent morreu em Paris aos 71 anos, diagnosticado com câncer cerebral, às 23h10min de 1 de junho de 2008.


 O estilista francês Yves Saint Laurent com a modelo Laetitia Casta (esq.) e a atriz Catherine Deneuve (dir.) é aplaudido em galeria de arte de Paris, no seu último desfile (22/02/2002)
O estilista francês Yves Saint Laurent com a modelo Laetitia Casta (esq.) e a atriz Catherine Deneuve (dir.) é aplaudido em galeria de arte de Paris, no seu último desfile (22/02/2002)




"A roupa mais bonita para vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama. Para as que não tiveram essa felicidade, eu estou aqui."

Yves Saint Laurent, falando sobre o seu trabalho

O museu da moda
Em 1986, Saint-Laurent foi o primeiro estilista no mundo a exibir seus trabalhos em um museu - o Louvre, em Paris. Esse era apenas o presságio do que estaria por vir: em 2002, a despedida do gênio também marcou a inauguração do único museu no mundo dedicado ao trabalho de um único estilista, a Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent. Distante meia hora do centro da capital francesa, conta com um acervo de 5 mil peças de vestuário, 2 mil pares de sapatos, mais de 10 mil exemplares de jóias e centenas de chapéus, reunidos desde os tempos do estilista na maison Dior.
"Há muito de Saint Laurent em todos os lugares. As influências mais importantes são as que se veem, talvez, menos", disse  Pierre Bergé, 81 anos, que o ajudou a dirigir durante 40 anos a grife YSL e se ocupa, hoje, da fundação criada em homenagem ao grande estilista e seu companheiro.

A marca no mundo

A marca YVES SAINT-LAURENT possui atualmente mais de 60 lojas localizadas nos maiores centros da moda, além de ter seus produtos vendidos em sofisticadas lojas de departamentos e boutiques multimarcas. A divisão de beleza da grife francesa, conhecida como YSL Beauté, foi vendida recentemente para a gigante L’Óreal por US$ 1.68 bilhões.


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Cosméticos avançadosOs comésticos da marca são desenvolvidos no laboratório da Yves Saint Laurent, conhecido como Gisca (Grupo de interesse Científico em Cosmética Avançada), que exibe uma cartela de soldados pesquisadores formada por especialistas em pele humana, imunologia, biologia do tecido adiposo, dermo-farmacologia, biologia cutânea, pigmentação cutânea e por aí vai.
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-O ícone
Yves Saint-Laurent não foi somente um estilista, mas uma figura emblemática do mundo da moda. Transgrediu com classe; revolucionou sem perder referências; mudou a moda ao permanecer fiel à sua própria essência; transformou mantendo-se fiel ao seu próprio estilo, ou seja, deixou um legado de autenticidade e criatividade digno de perpetuação de sua memória. Vestiu atrizes, primeiras-damas, cabeças coroadas européias, africanas e asiáticas; criou jóias, sapatos, acessórios como chapéus, bolsas e outros tão significativos que hoje são procurados com lupa em brechós do mundo inteiro. Difundiu a transparência e também a minissaia, criou vestidos de noiva, colocou modelo negra nas passarelas, entre tantas outras propostas inovadoras.--



“a elegância nas criações se deve à sobriedade e à pureza da construção”.
Yves Saint Laurent

Fonte: Wikipédia, Blog Color fun,Blog Cereja Neon,Uol mulher,Blog Mundo das marcas

Dior


Um homem tímido e aparentemente comum, Christian Dior (1905-1957) transformou a maneira de se vestir após a Segunda Guerra Mundial e criou o estilo dos anos 50. Quando todos previam simplicidade e o conforto, ele propôs o luxo e a feminilidade extrema, copiados por mulheres do mundo inteiro.

 Christian Dior nasceu em 21 de janeiro de 1905, um contemporâneo de Coco Chanel, em uma família de boa situação financeira na França. Filho de um comerciante de fertilizantes da região do Canal da Mancha, desejou ser artista plástico. No entanto, foi enviado à Paris para estudar Ciências Políticas a fim de se tornar um diplomata. Após concluir seu curso, gastou seu tempo viajando pela Europa e a frequentar ateliês de pintura e desenho, descobrindo por fim seu verdadeiro talento. Em 1927 abriu uma galeria de artes com Jacques Bonjean. Em 1934, vítima de uma doença, Dior não pode contar com o dinheiro da família, que passava por problemas financeiros. Em 1937, começou a desenhar croquis para o Figaro Illustre, jornal parisiense que os publicavam na seção de alta costura. Com sua habilidade para desenhar roupas ganhou o mundo. Após conseguir vender uma coleção de desenhos de chapéus, começou a fazer croquis de roupas e acessórios para várias maisons do país até que, em 1938, Christian Dior realmente iniciou sua carreira na alta-costura como assistente do estilista suíço Robert Piguet.

   Após lutar na Guerra, Dior sonhou em ter sua própria maison. Seu círculo de amigos aumentou e acabou conhecendo um importante empresário da indústria têxtil, que lhe garantiu o patrocínio para sua carreira e produção das peças. O resultado foi bem sucedido, pois possuía uma boa visão do corpo feminino, proporcionando peças ajustadas às curvas das mulheres. Isto causou um misto de fascínio e delírio, pois enquanto todos previam a simplicidade e o conforto, ele propôs o luxo e a feminilidade extrema. A loja foi erguida na Av. Montaigne, número 30, com a ajuda de Marcel Boussac. Continua em atividade até os dias de hoje.
Christian Dior
   Durante 10 anos, ele foi o estilista mais adorado e admirado no mundo da moda, suas criações foram sucesso e seu nome associado a elegância e refinamento. Faleceu em 24 de outubro de 1957, deixando o posto de gênio para assumir o posto de mito da moda e sinônimo de sofisticação e elegância no luxuoso mundo da alta-costura. Afinal, quem mais poderia contradizer Coco Chanel em plena década de 50?
 
Fevereiro de 1947 marca a estreia da primeira coleção apresentada à imprensa: Corolle (mais tarde batizada de New Look).


ESTILO
   Quando Carmel Snow, redatora da Harper's Bazaar, viu os modelos de Dior, exclamou: "This is a new look!", a coleção Ligne Corolle passou a se chamar "New Look", eternizando o estilo criado por Christian. Desde sua primeira coleção, o estilista conseguiu mudar todo o conceito de praticidade e simplicidades das roupas femininas, proposta da Chanel. Após tantos anos e, principalmente, no pós-guerra, a mulher precisava se sentir novamente feminina e o público ansiava pela elegância e luxo perdidos.

   O sucesso veio porque atendeu justamente as expectativas (ou criou novas). Criou modelos extremamente femininos, luxuosos, sofisticados e elegantes. Os vestidos e saias eram longos, o busto bem acentuado, cintura bem marcada e saias amplas. Recebeu muitas críticas por conta da enorme quantidade de tecidos usados, mas seu estilo foi bem recebido e copiado no mundo inteiro. O modelo símbolo do New Look foi o tailleur Bar, um casaquinho de seda bege acinturado, ombros naturais e ampla saia preta plissada quase na altura dos tornozelos. Luvas, sapato de saltos altos e chapéu completavam o figurino impecável. Este era o padrão ouro nos anos 50.
  Em 1949 lançou o clássico perfume "Miss Dior" e passou  assinar os primeiros contratos de licença com sociedades americanas e linhas de produtos, além de ter uma casa de prêt-à-porter em Nova York. Em 1951, o estilo princesa foi consolidado e deu início a uma nova linha de roupas. Dior apresentou um tailler em lã cinza, que expressava o conceito de masculinidade às roupas femininas.



   Criou a linha H, que era a base de sua coleção. Os modelos erguiam o busto ao máximo e baixavam a cintura até os quadris, criando a barra central da letra H. Seus modelos mais luxuosos eram criados com muita seda e tule bordado com incrustações drapeadas, várias saias sobrepostas e comprimentos variados. A linha Y mostrava um corpo esguio com a parte superior mais pesada, com golas grandes que se abriam em forme de V e a "Linha A" trouxe vestidos e saias que se abriam a partir do busto ou da cintura para criar a ilusão da letra A. Até hoje os itens estola, mangas 3/4, conjunto em tons pastéis de cardigã, blusa e saia de crepe são fortes referências ao estilo.


   Echarpes, lenços de seda, luvas, jóias e lingeries passaram a ser assinadas pela grife e as principais capitais do mundo receberam uma filial. As principais mulheres que usaram e divulgaram a grife foram Brigitte Bardot,  Marlene Dietrich, Edith Piaf e a princesa Grace de Mônaco.

"Nós saímos de uma época de guerra, de uniformes, de mulheres-soldados, de ombros quadrados e estruturas de boxeador. Eu desenho femmes-fleurs, de ombros doces, bustos suaves, cinturas marcadas e saias que explodem em volumes e camadas. Quero construir meus vestidos, moldá-los sobre as curvas do corpo. A própria mulher definirá o contorno e o estilo." Christian Dior


MARCA
   Para assumir a direção da Dior, após a morte do fundador, foi escolhido a grande promessa do meio: Yves Sait-Laurent. Este causou polêmica por ter criado peças pouco convencionais à marca, como jaquetas de couro e vestidos curtos. Serviu durante a guerra na Argélia e, na volta, abriu sua própria maison em 1962 em Paris.

 O posto foi assumido por Marc Bohan, estilista francês. Seus modelos eram esguios, com casacos amplos acinturados, vestidos longos e botas.
Marc Bohan, director of Christian Dior starting in the 1960s. He infused haute couture with the youthful spirit of popular fashion

Com a proposta de renovar a marca, Gianfranco Ferré foi escolhido como o novo nome da CD, em 1989. Em sua primeira coleção ganhou o prêmio "Dedal de Ouro", pela empresa Helena Rubinsti. 
Christian Dior Haute Couture by Gianfranco Ferré (between 1989-1995) © DR
Seu estilo de linhas arquitetônicas e corte seco foi sucesso até 1997, ano em que assumiu o gênio e polêmico John Galliano. Genial, foi demitido da maison por atitudes preconceituosas e antissemitas.
John Galliano
Depois de um ano de especulações sobre quem seria o novo estilista da Christian Dior, a maison chegou a um veredito final - Raf Simons, ex- Jil Sander, será o diretor criativo.
 
   Desde 1984, a marca é gerenciada pelo grupo LVMH (Môet-Henessy Louis Vuitton), primeira empresa mundial do comércio de luxo, de Bernardo Arnault, que também é dona dos perfumes "Miss Dior" e "Poison".


LINHA DE PRODUTOS
Cosméticos

"O perfume de uma mulher diz mais sobre ela do que sua escrita."
(Christian Dior)


Em março de 1947, foi fundada a Parfums Christian Dior. Por meio dela, a primeira fragrância da maison foi lançada: a MissDior, um clássico até hoje. Logo depois, vieram Diorama, Eau de Cologne Fraîche e Diorissimo.

Acessórios

 
A textura idêntica ao padrão cannage, percebida no couro da bolsa Lady Dior, popularizou o termo Quilted Bag, que quer dizer “bolsa costurada”.

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  • r
  • s
  • t
  • u
  • v
  • x
  • y
  • z

Lançada nos anos 1990, a it-bag Lady Dior havia sido batizada de Chouchou. Em homenagem a lady Di, que ganhou a bolsa da então primeira-dama da França, Bernadette Chirac, em 1995, Ferrè renomeou o modelo.
Sucesso de vendas da era Galliano, a Saddle Bag – ou bolsa Sela – foi criada em 2000 e, ano após ano, foi relançada.


Linha de roupas para Crianças, Homens e Mulheres



“A moda é uma manifestação de fé. Neste
mundo que se empenha em destruir um por
um todos os seus segredos, que se alimenta
de falsas confidências e de revelações
forjadas, ela é a própria encarnação do
mistério, e a melhor prova de seu sortilégio
é que nunca se falou tanto dela como agora.”
Christian Dior


MAISON
Loja em São Paulo, no Jardins
No Brasil, a loja Christian Dior, em São Paulo, é a única da América Latina e foi inaugurada em 1999.

Maison na Montaigne, 30. 



"O charme é o segredo de toda beleza. Não existe be­leza sem charme."
Christian Dior

Fonte:Blog Moda História, Almanaque Folha Uol,Blog Beautyfull,Moda Spot,